segunda-feira, 28 de maio de 2012

O Texto definitivo sobre o AMOR, pelo menos até a meia noite de hoje


... Busca-se como ao ar o entendimento e uma definição para o Amor, e confude-se também, na mesma proporção da enxurrada, o dito cujo. Eu, poeta metido, compositor sonhador, amante de gente incondicionalmente, com tantas faces dadas batidas já nem sentidas de calejamento... Continuo assim a re-decifrar o signo do Amar. Sê-lo-ia indecifrável ou inverossímil? Inacessível ou indefinível? Incontido, destemido - razão das maiores vivências e prazeres? Ou até repressivo, prisioneiro, causador das maiores decepções e infortúnios? (suspiro)
... Existem sim, muitos anexos que se podem acoplar à definição rascunhada do Amor, fazendo com que achemos que existam vários tipos de “Amor”. Não, não... O Amor é um só! Os outros sentimentos complementares na relação nos fazem adjetivá-lo e ter esta falsa impressão de vários gêneros de Amor. O Amor não permite nenhum adjetivo ao seu lado. Falar que Ama muito é um pleonasmo, pois Amar já é totalmente abundante; dizer que Ama um pouco não é Amar... O Amor é um só, repito!!! E precisa, para sê-lo: incondicional. Se, ao Amar, você espera algo em troca isso não é Amor: Mero escambo.
... Oh, Amor esclarecedor, revelador! Oh, “Amor” confuso, ensurdecedor... Quão polêmico tu és! Mas jamais pegajoso, fraudulento... Pois que Amar é andar sozinho de mãos dadas também. Ele é Fé, e Fé não é acreditar: é não duvidar! Objeto de desejo, instrumento de dor – é a tal da paixão isoladamente vivida. Amor é sentimento: gráfico constante - incondicional. Paixão isolada é emoção: gráfico inconstante de altos e baixos – causal - sentimento malfazejo, veículo de êxtase. Contraditório e visceral.
No Amor ouço o som da liberdade, o sentido da prisão consentida. Expressão do gozo, forma de condução da alegria. Rima inesperada, frases assimétricas. Querência de todos os sentimentos reunidos em prol de uma felicidade que pode ser inalcançável para os que a esperam no mundo em que estão e não mundo que são.

... Pergunta-me então onde está o amor? Para que serve o amor? Por quê se faz necessário? (pensando e comendo melão com presunto) ...
Oh, Revelador do caráter e da intenção de quem o utiliza, porém cerceador da sensibilidade espontânea, pois que mal utilizado pelos amantes és! Causador de revoluções, avalanches de emoções por confusão. Hospedeiro, intruso, evasivo, depressivo. Por confusão também com a paixão e sua máscara de “Amor” é julgado parecido. Amar e ter Paixão distintos seria o sublime. Tantos adjetivos e nenhuma definição. Por isso mesmo: Amor.
Após tantas aparentes contradições, dilemas e definições quebra-cabeças apresentadas foi vislumbrada a mínima possibilidade de alcance em relação à definição do que é o Amor? Então, por sua própria e improvável definição máxima, viva o Amor da maneira que lhe for permitida pelo seu cérebro, por seu coração, por sua conduta, por sua vida. Mesmo que seja paixão ou qualquer similar, genérico. Ame. Se não possível for a sua definição, só ame - não perca mais tempo. Não perca oportunidades, não apague da memória o que se passou, não afaste a possibilidade de construir novas formas de amar. Estamos no planeta Terra por Enquanto, e nosso cérebro que limita nossa mente - neste contexto agramatical defronte ao Amor...

Deixe amar. Qual menino que brinca com fogo em tempo de estio. Amor, então, chegando à conclusão permitida pelos limitados neuro-transmissores que limitam a essência do Espírito aqui agora encarcerado, encarnado, é perigo e inocência. Fagulha dançando na mata seca. Qual chama que se alastra no centro da ventania. Amor é calor e encantamento. Ilusão de frescor em queimadura. Qual lava ardente que consome corações incautos e almas puras. Amor também, permito-me e contradigo-me para ser entendido e não “utopizado”, é angústia lancinante... Juízo Final. Amor é milagre e também recomeço. É fogo, brinquedo em mão de menino. E se eu morrer de amor peço que sutilmente me enterre em você. Pois o Amor é uma decisão de Vida e de Morte!

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