segunda-feira, 7 de março de 2011

O Monge e o Terapeuta em Porto de Galinhas

Por Jordan Campos

Eu era um ponto branco e ensolarado
Subindo o “mapa mundi” e descendo a trilha pontiaguda
Não a de fora, lisa, mas a de dentro...
Pensando preocupado por não “poder” me preocupar
Chegar até a cidade, o Porto.
Isso é uma raridade, partir como um monge para encontrar respostas:
Antes ia com as respostas para encontrar a multidão.

E seguia o meu destino
Na trilha silenciosa (dentro do quarto d’alma)...
E o mundo cantava carnaval...
E debaixo da mantilha, com minha tigela e um frasco improvisado
Juntei ervas, ungüentos e sais que aprendi a carregar com precisão
Para curar dores e “ais” sem perder nenhum grão - era tão fácil, um dom.

Entrando em um casebre, porém, que me parecia estranhamente familiar, ao fim da tarde
Bem à beira do caminho, meu coração saltou à boca.
Salvei o meu “doente”, que estava em definho, sem dizer uma palavra.
Peguei a trilha e fui embora sacando o meu celular do mundo “workaholic monasteriano “
E respondendo almas ansiosas d’outro lado com mensagens de texto...

Dedilhei o violão, compus uma canção (ah... tanto tempo)
Olho agora o céu estrelado, atualizando e estreitando mundo virtuais
Com o notebook “saint germain” chamando a atenção.
Segue este monge para a escarpada com seu companheiro violão.
E chegando do seu mosteiro, quem o receberá?
Como o receberá?
“Por que não eu?”
Independentemente... Vai rezar ao mundo inteiro.

"A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos" (Pablo Neruda)

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