quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sim, Existe o Transtorno do Stress Pré-Traumático

Por Jordan Campos

Sim, situações somáticas no físico e no emocional podem ocorrer antes mesmo do evento traumático acontecer de fato em nossas vidas. Processos alérgicos, tumores, dores, depressão, pânico, disfunções gerais. Evidências múltiplas associadas a teorias sobre o espaço-tempo, reencarnação e influências energéticas podem dar uma reviravolta em uma teoria da psiquiatria, psicologia e psicossomática que hoje á a quarta queixa nos consultórios: o stress pós-traumático. Na nossa visão de tempo seria complexo o que vou dizer nas próximas linhas, mas abra a mente e bem vindo ao futuro, ainda no presente. Não estou falando aqui do medo de ter medo, antecipatório, como pré-trauma, e sim de algo muito mais profundo e complexo.

Isaac Newton já dizia que: “o tempo é uma ilusão produzida pelos nossos estados de consciência à medida em que caminhamos através da duração eterna.” Einstein afirmou que o tempo só existe se existir o espaço, onde ocorre a sucessão das coisas. Tomando o tempo então, como a duração da consciência, e na hipótese deste ser eterno: passado, presente e futuro estão aqui e agora, juntos, e somos fruto desta realidade.

Muito se fala no meio terapêutico dos problemas ocasionados na mente humana após uma situação de stress limítrofe. Hoje estamos sujeitos passivos a eventos violentos e inesperados que põe fim à aparente calma de nossos mundos internos. O “Transtorno do Stress Pós-traumático” compreende um conjunto de sintomas físicos e emocionais ligados à ansiedade e que ocorre após um evento psicologicamente estressante (eventos traumáticos). Os eventos traumáticos que desencadeiam o Transtorno podem ocorrer em qualquer momento da vida de uma pessoa. Acredita-se que pelo menos 60% dos homens e 50% das mulheres experimentam pelo menos um evento traumático durante a vida. Agressão (física ou sexual), assalto, seqüestro, ataque terrorista, tortura, encarceramento, acidentes automobilísticos, diagnóstico de doença que ameace a vida, combate militar, são exemplos de eventos traumáticos que podem levar ao "TSPT". Eventos que ocorreram com outras pessoas e dos quais se têm conhecimento, também podem levar ao surgimento do Transtorno.

Mas o que me faz escrever este artigo vem da observação e prática clínica e sugere também, outro foco de investigação, totalmente isento de caráter religioso ou dogmático. Sugiro abrir a mente e pensar.

Aquela senhora chegou ao meu consultório para uma entrevista se queixando de depressão profunda. Narrou que sempre foi pró-ativa, mas que de uma hora para outra algo a imobilizava. Não conseguia levantar da cama pela manhã e sentia fortes na perna direita. Foi investigada a sua circulação, o nervo ciático... E tudo estava em ordem. Aquela dor a deprimia também. Não havia causas aparentes para a queixa física e mental juntas. Marcamos de nos encontrar em quinze dias para iniciar um tratamento já que a mesma estava de viagem internacional. Oito dias depois recebo sua ligação de que não viajou e sofreu um acidente de carro que a fez fraturar a perna direita e que a deixaria imóvel por no mínimo 60 dias em uma cama.

Outra paciente chegou com um quadro de psoríase grave e com bastante comprometimento da pele. Queria, através do entendimento inconsciente, tentar reverter o quadro, já que os medicamentos não provocavam melhora considerável e provocavam efeitos adversos. Descobriu cerca de dois meses depois uma traição do marido que já durava dois anos, inclusive com manutenção de uma família paralela. O conflito dela foi de nojo e de se sentir suja com o fato. O conflito biopsicossomático seria o de lesão na pele, por conseqüência lógica da carga emocional. Mas a somatização aconteceu antes!!!

Entre tantos outros casos, acho importante o voltar dos profissionais de saúde para o aprofundamento do que chamo aqui de stress pré-traumático. De posse da prática, sugiro duas hipóteses básicas de investigação a seguir:

1ª Hipótese: Já é sabido cientificamente que os cristais de apatita encontrados na glândula pineal podem identificar percepção extra-sensorial, como antenas de conexão com o mundo externo. Ou seja, no segundo caso citado cabe esta hipótese e sugere que a senhora já havia manifestado o nojo inconsciente por ‘saber’ em seu íntimo exatamente a história, por simples captação energética através de sua pineal. (esta hipótese iria justificar comportamentos estranhos, violentos e explosões do nada em relacionamentos onde o parceiro tem comportamento extraconjugal). Simplesmente a pessoa no seu inconsciente já sabe e reage.

2ª Hipótese: Eventos ocorridos em situações multidimensionais do tempo, como no caso de vidas passadas.
A “síndrome do aniversário”, que supõe que um forte trauma ocorrido em uma provável existência passada é evocado nesta vida quando se está perto de completar a idade que se tinha outrora. Exemplo: uma tortura acontecida aos trinta anos em “outra vida” pode nos fazer, aos vinte e nove “desta vida”, sentir este efeito que ecoa como um ritmo. No primeiro caso a paciente foi submetida à terapia de regressão, sem ser induzida desta teoria, e se visualizou, emocionou e ressentiu toda a dor de um homem em que a mesma se sentiu sendo ele, vítima de uma gangrena na mesma perna, quando preso estava, acorrentado pela perna. A revivência deste fato a ajudou na superação da depressão e no pós-operatório. A questão de vidas passadas é delicada e nunca cabe a mim, como terapeuta fazer esta afirmação. Este reviver pode ser o inconsciente coletivo de Jung; o conflito familiar passado de Bert Hellinger; a “vida passada”, de Brian Weiss e Hans Tendam; ou o processo puramente imaginativo: o que importa é a consequência positiva do “reviver” terapêutico e desta hipótese que pode se enquadrar em vários autores e filosofias com total fluência.

O conflito intra-uterino e o reviver de cargas de antepassados considero pós-traumático.

Longe de me ousar a certezas ortodoxas, exponho aqui o fruto de observações, estudos, autores, congressos, clínica e experiências pessoais. Acredito assim contribuir um pouquinho que seja no entender transpessoal e total dos conflitos humanos.

8 comentários:

  1. Jordan, não sei se essa será uma pergunta que lhe cabe responder... e lhe peço desculpas antecipadas por isso, mas eu vou tentar, ou melhor, perguntar!
    Tem alguma coisa haver com o nosso inconsciente, por exemplo, acordar com náuseas... acordar com medo e não saber de que...???
    Não sei se fui clara, mas 'talvez' você entenda!

    Um beijo.

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  2. Oi Camila, sim, você captou a "alma do negócio". Por detrás destes pensamentos e sensações irracionais podem estar experiâncias de pré-trauma. Devemos contudo ter uma investigação maior para LOCALIZAR a carga de maneira que possamos intervir com qualidade.
    E por favor, sinta-se à vontade para perguntar. Esse espaço é SEU.

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  3. Acho que preciso dessa investigação maior!=D

    Obgada, tá?
    Um beijoo!

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  4. "TSPT", mais uma sigla extremamente significativa.Precisamos de esclarecimentos dessa natureza exposta no artigo para que possamos entender o funcionamento de nossos pensamentos e emoções.Poucos profissionais dominam o conhecimento de tantas situações, como a crise de cura já descrita também nesse espaço .Conversei com dois que desconheciam.Recomendei conhecer o blog.Parabéns Jordan!Muita PAZ!bjss.

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  5. Querido terapeuta, estudar e buscar excelência no atendimento são características suas.Esclarecer ao público sobre tantas questões importantes que fogem a nossa compreensão também é um elemento positivo de sua formação.Tenho certeza que seus artigos a cada dia devem ocupar espaços importantes não só no contexto terapêutico, mas em âmbito infinitamente maior.Muita PAZ!bjs.

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  6. Rai, querida. Não busque nas linguagens tradicionais estas 'siglas' e conceitos que por aqui se encontram. Sobretudo são tentaivas de tentar sintetizar algo que sempre foi dito, mas de formas e filosofias diferentes. A "Crise de Cura", o "Transtorno do Stress PRÉ-traumático" são denominações novas as quais eu ouso definir e tentar organizar. Então vamos juntos!!!

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  7. Obrigada meu querido por tais esclarecimentos.Como alguém leiga nesse Universo é importante saber que podem existir outras denominações para essas situações e que as mesmas são conhecidas no ambiente terapêutico.Você que sempre gosta de inovar está contibuindo dessa forma com os colegas de trabalho.Sim estamos juntos.Muita PAZ1bjs.

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  8. oi jordan tenho 21 anos ea tres meses meu marido me traiu com minha melhor amiga desde de entao nao sou mas uma pessoa feliz,pos nao consegui perdoar ou esquecer isso me dispertou o pior dos sentimento que eo odio ,vc poderia me indicar uma terapia pos trauma pos eu nao posso confiar em nimguen hoje!!!!!!!!!!

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