segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não Discuta a Relação !!!

Hoje à noite, 30.11.2009 realizamos a divertida palestra: "Não Discuta a Relação e Seja Feliz".
Um momento de reflexão para as nossas urgentes questões que envolvem relacionamento.
Brigas, desentendimentos, cobranças... Veladas por vítimas de si mesmas, na vergonha e no medo de muitas vezes se mostrar do jeito simples que se é.
As mulheres tiveram a sua revolução, mas agora parece que uma silenciosa e sublimnar questão masculina está surgindo, um homem mais sensível e carente e uma mulher mais dominadora e distante???
... Invertemos o papel e com medo de assumir de cara limpa, acabamos descontando em horas de discursos inúteis, de divórcios fáceis e de uma emoção doente e que anda em círculos.
Foi muito bom refletir com vocês.
A palestra foi vocês que fizeram!!!














domingo, 29 de novembro de 2009

O Que os Olhos não Vêem o Coração pode Sentir.


Por Jordan Campos

Derrama em mim amigo, esta chuva.
Não desista de gritar aos meus ouvidos, mesmo quando me fizer de surdo.
Nem quando eu teimar em te esquecer, quase de propósito.
Pois vejo seus olhos bem abertos em minha’lma
Grato.

Alguns dizem que vc é Deus,
(você deveria ser bom então de dublagem, quando o céu se abria)
Outros que foi um filho e irmão bem a frente de nosso tempo,
(os gênios os são e morrem cedo)
Ou que foi um grande Espírito de luz
(Mas qual, na fonte não o é?)
Também que foi os três – trindade.
(Ah, Constantino!!!)
Até que não existiu comentam.
(seria mais fácil.. para alguns)
Pra dizer a verdade acredito em uma das premissas acima.
Mas fica cá entre nós e os que me sabem.

Conforta-me e me deixa orgulhoso de poder ter contato com tua 'história'.
Mesmo meio remexida e adequada...
Mesmo que o namorado da Madonna tenha mais referências no google do que ti.
(essa foi péssima)

Há os que criticam sem saber...
Mas, se alguém juntar todas aquelas palavras, conceitos, parábolas e métodos.
Vai ver que mesmo aquilo tendo sendo escrito bem depois
O conteúdo é imbatível...
Quase impossível para a época
Alguém conseguir contar uma “historinha” gigantesca
Em moral, vida e amor como é.
Atemporal.

Se tiraram algo, ou colocaram outras...
Se as Marias foram santas ou não.
Ou se a estrela de Belém foi um disco voador.
Tanto faz: a mim não mudou – a essência.

Sim estas palavras são um louvor.
Sem religião explicitada e estando em todas...
Como só vc e eu sabemos.
Hei de comer este pão que me entregas a cada dia.
Que assim seja, e seja cada vez mais.
Faz chover... e abre as comportas do céu.

sábado, 28 de novembro de 2009

Muro das Lamentações


Por Jordan Campos

Quando tudo parece dar errado.
Quando o 'gás' acaba de repente
Quando vem aquela febre do nada.
Quando a agenda do celular não leva a lugar nenhum...
Quando acaba o 'dinheiro' e mês ainda tem
Você é meu muro das lamentações.

Quando o céu fecha e os relâmpagos iluminam
Consertando a antena do telhado
E o vento indicando que a direção foi totalmente errada
Mas mesmo assim por teimosia continuo...
Tentando resistir para ver aquele filme de novo e de novo...
Você é meu muro das lamentações.

Quando a lanterna queima no acampamento
Depois daquela história do disco voador.
Quando meu reflexo no espelho some.
Quando o DVD de Shakira começa a pular e trava tudo.
Quando em todos os sites dá “bad server, bad server...”
Você é meu muro das lamentações.

Mas quando a água virar vinho
A lua encostar na Terra que de um salto possamos estar lá
Quando quiser visitar a Terra do Nunca com roupa de dormir.
Quando seu cachorro falar que não agüenta mais a ração
Da tal última geração..
E o rádio não parar de cantar canções de amor
E isso de repente for ensurdecedor...
Quando você se arrepender e não puder voltar
Quando teimar que depois do rio não há mar.
Quando procurar no google manual de instrução para 'estátua'.
Ou simplemente quiser chorar...

Eu serei o seu muro das lamentações.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Antologia

Por Jordan Campos

Era uma vez uma menina de traços fortes e alma tímida.

Ela tinha um velho piano e remendos de peças de família.
Ela tinha uma irmã-espelho que às vezes a confundia e outras a consolava em dias de trovões.
A menina era triste por não poder falar, só tocar.
A menina tinha um bocado de sonhos naquelas notas imensas e prolongadas.
Quem não esconde seus mais secretos desejos num baú qualquer?
Alguns perdem de vista e nunca mais o encontram – num universo paralelo.
Outros, sexuais e criativos, compõem e criam o surreal.

A menina tinha medos, traumas e vergonha.
Chorava escondida e jurou um dia ser feliz.
‘Mochilou’ as partes de sua identidade que restou e foi tentar a sorte na cidade grande.
Uma fuga e um encontro.
Descobriu que as ‘nuvens não eram feitas de algodão’...
E que os homens precisavam parecer mais que são: sendo feios, envergonhados e inseguros.
Ela não teve pena deles e os usou a seu bel prazer.
Confundiu tudo e fez escolhas também.
Magoou um tanto e se vingou um pouco de seus pais, avós, ancestrais e daquele deus da igreja.
Ela não precisava ir mais à igreja para saber o que é certo e errado.
Ela não precisava de anéis de brilhantes para adornar corações de pedra.

E lá ia ela, a menina do piano, de cabelos desarrumados.
Um dia tomou a pílula maldita da lucidez para testar como seria fazer o papel.
Foi o início do fim... Um outono necessário de folhas que caem.
Antes uma profana explícita que uma canalha silenciosa.
Ela não sabe ainda o que quer de tudo isso.
Mas sabe muito bem o que não quer.
Nem sempre faz o melhor para si mesma, mas nunca faz o que não está a fim de fazer.

Ontem ela machucou os dedos quando uma’ ficha’ caiu.
E ficou preocupada em deixar o piano assim enferrujar.
Sua antologia estava ali.
Ela está agora entendendo que não é a cobertura, e sim o sorvete.
Pronta para melar o nariz e sorrir sem precisar mais de palavras.
A canção, enfim está voltando...
A paz chega iluminado seu olhar... Está escutando as dores do silêncio e deixando-as partir.
Entregando seus sentimentos, corpo e mente...
E reaprendendo a voar.

A menina pode estar ali, aqui ou ao seu lado bem agora.
Pode estar num e-mail escondido, no seu trabalho, ser sua vizinha,
Ou a mão que escreve agora estes versos soltos.
Mas isso agora é o que menos importa.


...

domingo, 22 de novembro de 2009

Aconteceu: I Congresso Nacional de Terapia Regressiva

Foi realizado entre os dias 20 e 22 de Novembro de 2009 o I Congresso Nacional de Terapia Regressiva em Salvador - BA. O evento contou com terapeutas, psicólogos e médicos de todo o Brasil que discutiram a terapia regressiva e suas diversas formas de aplicação como alavanca do futuro da saúde do corpo, mente e espírito. Fronteiras se quebraram, rótulos ressignificados e desmistificada foi, esta valiosa ferramenta para a humanidade.

Com muito orgulho eu, Jordan Campos, fui um dos conferencistas apresentando o tema: Terapia de Regressão no Tratamento do Transtorno do Pânico e Ansiedade Generalizada. Fruto de pesquisa, vivência clinica e muito amor, estou desenvolvendo com sucesso uma nova abordagem e tratamento para este 'mal' da modernidade. Aproveitei para disponibilizar meu livro e-book no Congresso: Entrevista com o Pânico. Este livro já rompeu as fronteiras do país e em menos de 45 dias de pré-lançamento já vendeu mais de 500 cópias.

No próximo ano estaremos em São Paulo, que será sede para o II Congresso Nacional, e em 2011 viajaremos para a Turquia - sede do Congresso Mundial e levaremos um trabalho belíssimo para o Mundo ver o que brasileiro faz.



Congressitas de todo o país reunidos.














Mesa com os conferencistas na abertura do Congresso.



O terapeuta baiano de regressão e transpessoal  Jordan Campos apresentando.





















Jordan Campos abriu o evento.






















Jordan Campos demonstra sua técnica de personificação do trauma, com acesso ao inconsciente profundo.












O Autor e sua Obra.















Autografando seu livro para a psicóloga piauiense, Sra. Olinda. Em breve estaremos lá.













Dr. Ribamar Torurinho (Teresina - Piauí), pediatra e terapeuta de regressão. Um novo amigo que a vida me deu, com muita "química" como o próprio disse. Sentimos isso juntos meu querido doutor.



















Renato Coutinho (Recife - Pernambuco), psicanalista, pesquisador e psicoregressor. O homem de 150 sonhos. Uma figura marcante, sensível e de muita força. Um amigo instantâneo.



















A paulista Marta Moreira Mendes, pedagoga e psicoterapeuta. Uma mestra de talento, pesquisa e doçura. Alma grande!!! E já eleita presidenta do próximo Congresso em São Paulo.










O psicólogo paulista Davidson Lemela, diretor científico da sociedade brasileira de vidas passadas. Um Ser carinhoso, sereno e espiritual.




















O carioca João Carvalho, psicanalista transpessoal. Objetivo, de verbo forte e 'batizado' na Bahia. Preocupado na sistematização do novo e escritor.






















As amigas terapeutas baianas. Graça, Letícia, Conceição e Bete.
















A turma reunida em intervalo.

















Momento descontração. Renato sendo hipnotizado por uma inusitada terapeuta.













Bastidores...




















Concentração.






















O presidente do Congresso, psicólogo baiano Dr. Idalino Almeida (que prefaciou meu livro) e a organizadora do Congresso, Sylvia Janaína.














Vou colocar a legenda deste momento que virou chavão no congresso: "- Este é meu garooooto..."
Este é o Mestre dos Magos, meu amigo do peito e da alma, Dr. Idalino.









As fotos do evento foram feitas por:
Ivan Fraga de Souza

FONE: (71 - 9971-7660 )
http://www.flickr.com/photos/navifraga/

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Se Eu Pudesse


Por Jordan Campos

Se eu pudesse
Reafinar meu diário sonoro, não teria feito aquela canção.
Não daquele modo egoísta, afiado.
Estou retrô assumido, mas sem o verniz costumeiro dos fingidores poetas.
Batendo nas portas do céu:
- Quem é você, acaso te conheço?
Não era minha hora.

Nunca tive além de mim para oferecer
Nunca tive tanta pausa para escrever, como agora.
Às vezes sinto falta do que nunca me fazia falta.
Não existe “efeito borboleta” em minhas veias...
Apenas o sangue que corre por aqui, corre por pura falta de opção.

Nossa! Se eu pudesse...
Mas me perdi de madrugada na volta para casa, naquela noite confusa.
Voltando daquele estranho Pub
Onde eu era o homenageado, mas não o notado.
Obras feitas ao vento.
Talvez tenha sido quando eu liguei a guitarra naquele temporal de Março
E aquele raio mudou tudo.

Se eu pudesse, falaria toda a verdade.
Mas quem ficaria?
Se eu pudesse, eu voltaria
Mas esta estrada não existe mais, em nenhum lugar.

Sim, e não sei o que a foto do lado tem a ver com isso.
Estou feliz, sim, claro... Relaxe.
O poeta também é um fingidor, como dizia Pessoa.
Será?

sábado, 14 de novembro de 2009

Atemporal



Nestes dias tenho feito auto-regressões potentes estimulado por uma velha amiga paulista que conheceu um mundo estranho há cerca de 23 anos atrás, no qual eu estava lá, mas que como Plutão, foi rebaixado, por um astrônomo ridículo e egoísta qualquer.

Ela conta sobre meus tempos de infância e sobre façanhas e coisas misteriosas. E outras lindas, como a alma dela é.
Sim, sou eu na foto ao lado.

Comecei neste ‘prólogo’ acima para falar de identidade ou algo similar. Afinal você se conhece bem? Saberia tudo que há dentro de você agora mesmo? O que faria com toda a informação eclodida que algum mecanismo de defesa, de boicote ou de luz guardou? Acostumamos ao agora sendo atemporais. Tememos a morte, aranhas e baratas. Criticamos os outros para nos escutar, mas se alguém falar nisso tapamos os ouvidos.
Crescemos... esquecemos o frescor de um céu azul e brilhante e rezamos para trovões não pertubarem. Ríamos deles e esquecemos tudo isso... Chega um momento em que não paramos mais de morrer. E só uma coisa pode nos salvar: a nossa história silenciosa, mas não para viver no saudoso, e sim para contemplar de cara limpa o agora – mas ela se encrava num canto qualquer do hemisfério direito. Existem pessoas boas que passaram na nossa vida, existem pessoas más e existem nós. O nosso EU que é tudo isso, sem pólos, resultado de exatamente tudo. Temos tudo numa soma divina correndo em nossas veias, feridas, lágrimas e gozos.

Minha filinha de dois anos hoje me abraçou e disse: “Pai, você é tão lindo!” – E raciocinei rápido: crianças não mentem, pelo menos até terem que fazer isso para sobreviver... ops, volta, volta Jordan.
Atraímos o que nos falta. Colocamos pessoas nas nossas vidas para aprender o que nos falta em mil personalidades congênitas atrás. Os laços de sangue vêm para dar mais uma chance, e triste é ver as partes desistirem. Volta, volta Jordan (de novo).

Queremos mais e andamos em círculos. Deixamos livros pela metade, procuramos defeitos nos nossos parceiros, e mil desculpas outras, por pura solidão. Queremos ganhar na loteria e esquecemos de olhar no espelho. Solidão voraz de nossa própria identidade que se ejetou em um dia passado qualquer e se perdeu do caminho de volta. Esta identidade aguarda num lugar triste e frio por uma simples mão, um bom banho, uma comida leve e um cafuné para dormir em paz em nosso peito, e nunca mais sair de lá.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Castelo dos Destinos Cruzados


Por Jordan Campos depois de ler um antigo texto do sumido Marcio.


Não procurava novas 'amizades', ao contrário, procurava até descartar algumas, já que enfadado estava com a repetição de erros, com a falta de compromisso de alguns destes ditos seres existentes...
Aí, de repente você adentra em minha vida como um furacão, sem pedir licença, de forma avassaladora, intransigente e não me ouve dizer que não quero mais. Queria?
Inicia uma devassa em minha alma e um processo (in)desejado se vislumbra.
Até quando permitirei?

Minha alma se enche de força para extravasar emoções, mesmo sabendo que riscos estou correndo, sempre...
Meu cérebro se dirige a assuntos que costumava renegar.
Luto para que a razão se fortaleça e não permita que o sentimento tome conta.
Desenvolve-se um carinho que não sei de onde veio, sou tomado de uma devoção que não autorizo, apesar de não conseguir extingui-la.

Nasce uma afeição que não sei como seria explicada sua origem...

Afinidades que não se explicam são afloradas, crescem, tomam vida, se envaidecem e passam a tomar conta de todas as outras emoções.
Sensibilidades que são sentidas e não explicadas...
Sentimentos que se despertam sem uma razão específica...
A dualidade que se faz presente sem ser questionada...
O destino que é visualizado sem estigmas de sofrimento...
A esperança que instiga mesmo sem forças...
A cabala que se fragmenta para minorizar as nuances da transição...

O sonho, que antes era pesadelo, agora se transforma para que se possa entender sua mensagem, seu discurso, seu entendimento, sua compreensão de minha vida e minha razão de viver.
A imagem que mareja de lágrimas a visão daquele que chora de saudade se reportou a isso quando nos aproximamos.

Achei tão intenso, colocar em prática as simples lições que se seguem, exprimindo que a amizade:
- é amizade na melhor forma de expressão;
- é calar para ouvir;
- é ouvir para entender.

Agradeço, então, pela oportunidade de, novamente, sentir o que é amizade e a doce sensação de ter alguém tão próximo de minha alma, um amigo, amiga, anjo.

Olho, Saliva e Paixão.


Por Jordan Campos



Você precisa de alguém que te dê emoção.
Que tenha saúde, olho, saliva e paixão.
Você precisa se convencer que vai se enganar outra vez, assim.
Se enganando em outros beijos-sapos da meia noite.
Mas que cabeça dura hein?
Não percebeu que nada irá se completar até você se completar?
Deixe a emoção tomar sua mente e se livre da lucidez dos vazios.

O engraçado é que você sabe exatamente disso tudo.
Já cansei de te dizer isso.
E agora acho que só meu silêncio pode funcionar.

Você determina o sucesso a partir da sua razão.
Influência seu destino.
Faz a sua sorte.
Realiza-se.

Mas sem risco*, você corre mais risco que arriscando*.
Seja visto, se embebede na saliva e se apaixone.
Saia do armário, da casa, do chuveiro...
Faça o telefonema no modo “emergência” mesmo.
Agora você vai precisar ser um pouquinho egoísta.

Desculpe por falar tudo assim.
Mas você me pediu para ouvir...
Então é sua a mala que tem o botão que se apertado muda tudo.
E o tudo não é nada
E o nada está esperando sua tradução.

...

domingo, 8 de novembro de 2009

Notícias do IV Workshop de Iniciação em PNL


Aconteceu neste último sábado, dia 07 de Novembro a quarta edição do Workshop de Iniciação em PNL - A Bula da Mente.
Contamos com a presença de profissionais das mais diversas áreas que tiveram contato com uma nova abordagem da PNL, muito além da clássica visão focada no mercado e nas relações em forma de conquista e persuasão. Os novos conceitos que partem dos pressupostos clássicos da programação neurolinguistica, somados às recentes descobertas e estudos no campo da biopsicossomática, neurociência e terapia regressiva e transpessoal fazem deste workshop algo realmente novo e multifocal.

Misturando teoria e muita prática, fizemos em conjunto, mais um evento emocionante com práticas de tirar o fôlego e totalmente fundamentadas e discutidas.
O conteúdo da nossa proposta vai muito além dos livros clássicos do assunto e envolvem uma riqueza de assuntos que visam o auto-conhecimento, numa grande descoberta da possível 'bula da mente'.
Encerramos assim neste ano de 2009 os workshops de iniciação e teremos em Dezembro o 'segundo módulo' - O intermediário, para os que já estão certificados nesta primeira fase.

Evoluindo estamos, não porém, por novas conquistas ou pelo fruto de novidades que supostamente nascem, mas pelo simples conhecimento do que sempre esteve ao nosso lado e não conseguimos dar nome.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Anjo Torto

Por Jordan Campos

Parecia pior... Pior que o medo de ver o sol e mais um dia chegar.
Se protegendo na noite onde tudo parece mais calmo, velado.
Refúgio único.
Ele parece mal, muito mal.
Pai e mãe que nunca teve estão mais longe ainda
A chuva é o único som e a goteira uma companhia irritante
E tudo o que já fez parece para nada servir neste momento

Quem vai ajudá-lo?
Quem vai atendê-lo?
Listas de celular servem para quando se está bem e perto.
Atualizando páginas de relacionamentos e nenhum sinal, aquilo já era obsessivo.
Longe, ali... Só a chuva o serve.
Orando para que um raio o leve para um mundo mais bonito, que seja.
Ultraromântico, quase desistente, escreveu assim num papel amarrotado:

Torpe fadiga das causas pedidas
Veneno homeopático suicida.
Acalenta-me, sentimento rude!
Cante-me uma doce canção de ninar.
No pelourinho, com as mãos atadas.
Quem me dilacera, se estou só?
Água salobra, lágrima vermelha.
Saboreiam-me, apenas as moscas.
Do leite derramado em bolsa frígida.
Do refém que paga em dobro para não devolvido ser.
De todas as canções de amor que fazem trair:
Somos iguais fingindo sermos os tais.
Da diferença que sei.
Pelo que cansei.
Depois de todas as feridas que untei.
Deste sereno artífice, da Fé dos que não recuam.
E pisam no abismo.
E simplesmente...
Aprendem a voar.

Embebedou-se da lucidez pior, com maior teor de realidade.
E lá se foi mais um, sem respostas.
Às grandes perguntas que só na sua mente se pôde fazer
Pois que palavra alguma significaria.
Sentindo-se apenas a placenta crescida e não o filho bendito.
Seu rosto era inundado e disfarçado ao mesmo tempo
Pelo choro persistente daquela noite.
Pelo suor ansioso a espera do Sol
E pela chuva que já inundava tudo.
Bela dissimulação da dor.

Arrepender-se de quê?
Perdoar a quem?
Quem era a vítima... Quem o tinha colocado ali?
Ele mesmo, destino, Deus?!
Neste momento em que o pior dos pesadelos é estar acordado
Ele se foi...
Abençoado pelo trovão e apanhado pelas mãos de um anjo.
Anjo torto e lindo, mas não caído.

Não... não havia mais tragédia, havia renascimento.